Hino à Alegria
Estou feliz.
Quero escrever que estou feliz.
Mas não consigo escrever felicidade.
Escrevo "mas", escrevo "não".
A verdade é que nunca estive assim.
Estou bem.
Parece que tudo vai para onde me consigo sentir.
Parece até que as pessoas gostam mais de mim,
Quando sou eu que me gosto mais.
Sei que poderá vir até melhor
Sei que posso afastar os meus pés até agora pesados
Da superfície de um chão que nos atrai. Que nos trai.
Temos que deixar que o sonho se entranhe,
Que vá do cabelo aos pés
E que os mande levitar.
Mas rezo
E vou tentando perceber a quem.
Ao quê.
Rezo para que não chegue o que é para mim a perfeição.
Toda a minha vontade de fazer mais
Fazer melhor...
Desaparece. Deixo de ser eu.
Portanto agora estou feliz.
Melhor se cá estivesses tu.
Tu.
Tu que não sei quem és mas que sei que virás.
Dedico-te já a felicidade que descobri ser capaz de sentir.
Gosto-te.
Mas mesmo feliz sei que não deixo de ser eu.
O Gonçalo, a essência que de mim faz quem sou.
Prova disso é o que escrevo agora...
Um hino à alegria, com tonalidade menor.
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2 comments:
um hino contagioso ;) que me enche de alegria por ti :)
"Parece até que as pessoas gostam mais de mim," pah... não é verdade, eu não gosto lá muito de ti... até porque tu não me tratas bem! =P (ursinho LOL)
Sabe sempre melhor quando podemos partilhar a alegria com alguém especial (tem o dobro do sabor, o dobro da importancia)
"Temos que deixar que o sonho se entranhe," só faz sentido quando o vivemos até a "exaustão" =)
Desejo-te sorte apesar de não gostar muito de ti!
beijo
Sandra Jacinto
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