Monday, December 15, 2008
FALSETTO III (14.12.08)
Friday, November 28, 2008
Monday, November 24, 2008
Saturday, November 08, 2008
No que escrevo.
No que digo.
No que canto.
Estou perdido.
Nas linhas anteriores.
No coração.
No ar.
Nos momentos meus.
Nos momentos vossos.
Estou perdido.
Mas ao menos não por ti.
Digo tanto e percebo-me tão pouco.
Estou perdido.
Mas encontrar-me-ei amanhã.
Ou depois.
Ou depois.
...
Ou depois.
Não encontro título para dar ao que escrevi.
Não tem. Não interessa ter. Faz parte.
Wednesday, October 29, 2008
Monday, October 27, 2008
Parece um alívio e esperemos que o seja.
Espero eu e esperas tu.
Chega em mim como uma trave,
Trave que trava a expectativa e que mata, de uma pancada só,
O resto de ti.
O que mais espero agora é poder dar-te um abraço,
Sentido e de como quem se ri com os braços, que levam o peso de tudo o que aconteceu.
Que finalmente se levantam para libertar tudo e poder receber-te outra vez,
Como alguém que conheço há tanto, mas que é novo para mim.
É boa a sensação de se poder respirar.
De saber que te poderei deixar respirar a ti também.
Inspirar
(ar novo, determinado. Essência nova de alguém. Sorrisos mais honestos e olhares de quem sabe de tudo, e de tudo o que não importa.)
Expirar
(ar limpo de dentro de nós. Partilha de coisas inúteis e de momentos que se poderão aproveitar e desta vez tão melhor.)
Parece então um alívio e esperemos que o seja.
Chegou a mim como censura.
Censura que proibiu a tentativa e que me obrigou a gostar mais de mim.
Que matou, num texto só, o resto maligno de ti.
FALSETTO II (27.10.08)
20/20
I would never have been in such a rush
I would never have tried to control
I would never have worn such 'fear lenses'
I would never have held on so tightly
I would have kept my boundaries set
My loving no’s, my unwavering yes’s
Risked abandonment and stood by that
And thereby felt constant connect
This fountain of regret, this looking back with twenty-twenty
Torturous hindsight if i knew then what i know now
This mountain of remorse won’t repeat with my understanding
This wouldn’t have happened if i knew then what i know now
I would’ve gone slower
Pushed infrequent
Would not have rushed into such commitment
I would’ve shown restraint as my feet got wet
I would’ve baby-stepped into intimate
This fountain of regret, this looking back with twenty-twenty
This torturous hindsight if i knew then what i know now
This mountain of remorse won’t repeat with my understanding
This wouldn’t have happened if i knew then what i know now
I would’ve known much more
Known that time was all we had for future depth to unfold
I would’ve had more faith at every step
I would’ve kept intact through the whole process
Oh this fountain of regret is looking back with twenty-twenty
Torturous hindsight if i knew then what i know now
This mountain of remorse won’t repeat with my understanding
This wouldn’t have happened if i knew then what i know now...
Alanis Morissette.
Tuesday, September 23, 2008
O quê, não sei.
Se soubesse de onde vem já me tinha curado.
Mas é algures entre a zona do peito e do estômago.
É aí que me dói.
É aí que me dóis.
Todos os dias, sais aos poucos de mim,
através de lágrimas que depois insisto em engolir.
Sais e voltas.
Sempre.
Quero tanto conseguir estar contigo sem que me doa o peito.
Sem que a beleza da imperfeição do teu discurso me atire do penhasco.
Daqui a cinquenta anos, se ainda estivermos vivos,
Sei que vou sentir o mesmo.
E vais-me fazer sentir jovem.
Vais-me fazer sentir que naquela altura,
Ainda é possível sentir o que sinto hoje.
Mesmo que já não te conheça.
É uma merda isto que sinto por ti.
És um diamante atrás de grades.
Quero a minha indiferença ao teu valor.
Quero viver com o que a tua alma me ensinou
Viver com o que a tua alma tem para me ensinar
E não necessitar da tua presença e do teu corpo.
Era feliz.
Este excesso de palavras...
Apaguem-mas por favor.
Friday, September 19, 2008
DESCOBRI EU.
Viajámos até onde conseguimos, sem rumo definido.
Acabámos numa praia. Desconfortável de tão bonita.
Como nós.
Tempestades antigas barraram-nos o caminho de volta
e agora só temos o mar como refúgio.
E agora? Nadamos.
Os nossos braços disputam velocidades distintas
E a sobrevivência só cabe na nossa diferença.
Temos que nadar, sem olhar para trás.
Temos que manter a coragem de não sabermos de nós.
Ainda em terra atirei uma pequena pedra polida
contra as ondas fortes da tua convicção.
Ela saltou três vezes.
Foram três vezes que quis voltar ao mundo.
Mas a pedra, ou eu,
desceu.
Afundou-se.
Mas, descobri eu, que no fundo também há chão.
Descobri eu, que podia também ter os pés em terra.
Descobri que há rochas e outros peixes sobre os quais posso viajar.
E assim,
Eu vou ter estórias para contar e tu terás as tuas.
Vamo-nos rir ao ouvi-las. Vamo-nos maravilhar, surpreender,
ofender, chorar e rir de novo.
Vamos dar vida a todos os verbos que aqui possam fazer sentido.
Assim será.
Um dia.
Mais tarde...
Sim, porque nos vamos abraçar outra vez.
Porque nos vamos olhar de pé.
Porque,
descobri eu,
não vamos morrer sem antes ver terra.
Monday, September 15, 2008
FALSETTO I (15.09.08)
Bem cá vai... esta hoje desfez-me. Chama-se "Redwings" e é dos Guillemots:
"REDWINGS"
"This is where we fall from the trees
This is where the sky covers up
Daft killers of joy...
You made a man out of me
And this is where the glass leaves the lens
Splintering a chemistry of friends
I'll treasure you always
You know I love you
And this is where we wake in the ditch
This is where our bodies sing no more
Fallen apples on the floor, pecked at by redwings
So pour another whisky out for me
It'll be the last bottle we share
As I drift into nowhere
Know that I loved you
But love was not enough to hold my grip
Can't you just feel my fingers slip
Into those oceans in the sky where people swim
Oceans in the sky calling me in
Oceans in the sky I tell myself
Though I'm not kidding anybody else
They know I'm leaving
They know that I'm leaving this behind
So I'm leaving my best friend
Just for the hell of it
Just for the sake of it
But how much I loved you..."
Esta também é dos Guillemots...
"LITTLE BEAR"
"Little bear, little bear you're getting out of hand
Getting out of hand
I think I'm going to lose you now
Oh little bear, little bear you know me too well anyway
Too well every day
I'm going home
I'm going beneath the stars
I'm going under the soil again
And I won't be back in a long time so get out
Get out of this old house
Before I burn it down
I wouldn't want to cause you anything
That might break your lovely face
In a thousand shattered china pieces
In this bracken world of broken pieces..."
(de preferência tentem ouvir as músicas. São duas coisas lindas :)
Sunday, September 07, 2008
Pedi que fosses. Que partisses.
No momento em que o fiz, correntes de lágrimas prenderam-me a ti.
Tentam puxar-te mas elas são frágeis e tu estás cada vez mais longe.
Vejo-te no fundo, uma silhueta que caminha sobre campos de memórias,
de recordações, de amores e desencantos.
E as lágrimas que te tentam agarrar, só têm força para manchar esse chão
Que eu pedi para caminhares.
Volta. Mas não voltes.
Eu próprio não sei o que sinto.
Desculpa-me se na despedida te disse coisas que não devia.
Quero-te bem contigo. Quero-te bem comigo.
Na verdade quero-te mesmo.
Mas não dá.
Continua o teu caminho.
Ele é longo, eu adivinho.
Tão___longo_____que_______já_______quase________te___________perdi...
A d e u s
Fará algum sentido que é hoje que te amo mais que nunca?
Tuesday, August 12, 2008
Monday, August 11, 2008
Who am I to be blue
Look at my family and fortune
Look at my friends and my house
Who
Who am I to feel deadend
Who am I to feel spent
Look at my health and my money
And where
Where do I go to feel good
Why do I still look outside me
When clearly Ive seen it wont work
Is it my calling to keep on when Im unable
And is it my job to be selfless extraordinary
And my generosity has me disabled
By this my sense of duty to offer
And why
Why do I feel so ungrateful
Me who is far beyond survival
Me who see life as an oyster
Is it my calling to keep on when Im unable
And is it my job to be selfless extraodinary
And my generosity has me disabled
By this my sense of duty to offer"
Wednesday, July 16, 2008
I'm trying to write something good here
something big and accurate and from the heart
and i have this big white screen and nothing occurs
so i write about the nothing that's going on
I can write about how i would love to write about this or that
This white plain of invisible words should not scare me this way
I could write about you, about life, about fear, about...
but i write about the nothing in my mind right now
I'm about love, I'm about you, I'm about me
I'm about war, I'm about peace,
I am just about what you see in my face
I am just about the nothing and everything i write in these lines
So this is nothing and this is all
This is about the dead thoughts all-together
like when all colors join to turn black
This is about how happiness keeps me from thinking
(and something bless happiness for that...)
I'm about melodies, I'm about songs, I'm about death
I'm about sorrow, I'm about greatness
I am just about what you feel on my skin
I am just about the light and the darkness I can be.
Sometimes I have to censor my mind
Just because i think that sometimes i think too much
And I don't want no movies of myself
I'm about love, I'm about you, I'm about me
I'm about war, I'm about peace,
I am just about what you read on these lines
I am just about the nothing and everything I show, sometimes, to you.
Monday, July 07, 2008
Saturday, June 14, 2008
"NÃO VÊS"
"Caminhas distante do fosso
A terra poderia abrir-se como um sorriso
maléfico
de mim contra mim
E abraçar os teus pés
de asa plana
Arrancá-los das nuvens de números
do tempo
que corre
sereno
Não vês o espinho que enterra
a alegria em mim
Não sentes a pele (de dentro)
doer em ti."
escrito por uma amiga minha.
partilho por me ter identificado.
*beijo para ti e obrigado por escreveres tão bem.
Tuesday, June 03, 2008
Saturday, May 24, 2008
Little horns and birthday cakes
A big garden and a little dog
Wide smiles, one call and your voice
Waking now or later, one simple choice
These little things are the things
That make me feel that
My walking ground is getting softer
That I have more things I want to offer
That I'm learning in every time of laughter
A little shadow that covers my face
A dragon-shaped cloud and grass on me feet
This precious time with everyone I meet
Twenty beers and nothing to eat
These little things are the things
That make me feel that
My walking ground is getting softer
That I have more things I want to offer
That I'm learning in every time of laughter
I do not need you to recognize my face
I do not need your opened arms and fall in grace
I do not need your bliss, your limousines
I need your skin, your smile, your regrets
Your lies, your pardons, your caresses
I need my life, my love, my family
I need all that is within me.
Monday, April 21, 2008
Convenceste-me sendo o que não tens sido.
Convenceste-me mostrando o que não tens mostrado.
Convenceu-me não me conseguires olhar bem nos olhos.
Convenceu-me teres dito que pensavas em mim.
Convenceram-me as promessas.
Convenceram-me as lágrimas que mostraste por dentro.
Vão-me convencer mais os beijos que me vais dar
Como os que me deste depois de ficar convencido.
Um beijo. Daqueles.
*G.
Quase tenho vontade de rasgar tudo o que te escrevi.
Quase estou arrependido de todos os beijos que te dei.
Quase me mata, este nó que sinto no estômago.
Quase gostava de ter sido só eu a comer aqueles morangos.
Quase queria não ter saído aquela noite.
Não quero parecer convencido,
Mas nunca trocaria a boca de alguém que me desse o que eu te dou.
Que me escrevesse o que te escrevo.
Que me beijasse como te beijo.
Quase não queria sentir o que sinto.
Quase...
Mas vamos ver como te vejo dentro de algumas horas.
Vamos ver como me olhas dentro de algumas horas.
Vamos ver o que me dizes e como te respondo.
Vamos ver se me convences.
Quase digo que te amo neste momento.
Quase...
Tuesday, April 15, 2008
Passava-se que não se passava nada em mim
Agora passa-se que quando passas
Não sou capaz de ver um fim.
Passa-se que desde que passaste
Eu sou capaz de ser assim.
Tenho mãos maiores
Tenho fé nos interiores
Que me dizem que gostas de mim.
Tenho olhos maiores
Tenho problemas menores
Quando me dizes que sim.
Passaram luzes coloridas e um sofá,
Passava-se das melhores noites que a memória me dá.
Passava-se que na noite em que passaste
Não me passava na ideia estar contigo.
Agora passo noites a pedir que as passes comigo
Tenho sede de estar bem
Tenho pés maiores
Para percorrer o caminho que aí vem.
Tenho parte do que quero
Para poder querer um dia
Dizer o quanto te gostei.
Nada do que digo é exagero
Mesmo que o penses que sim.
Há quem escreva o que sente,
Há quem o diga e não mente,
E eu escrevo assim.
Passa-se que agora se passa tudo em mim.
Que quando não se passava nada
Já se passava na minha cabeça conhecer-te a ti.
Que quando se começou a passar por esta estrada
Passou-se na minha cabeça que gostarias de mim.
Tuesday, March 18, 2008
Um comboio. Vinte e cinco minutos a pensar em ti. Um saco verde com três chocolates de cores diferentes e oito morangos enormes que mais tarde viemos a saber serem tão bons. Um carro e uma serra. Uma lagoa da cor do que é triste. Quatro mãos dadas e frias. Duas bocas juntas e uma respiração sensível. Corpos pensativos numa paisagem que se sabe tão bonita mas que pouco se vê por ser noite.
Uma planta estranha. Três chocolates de cores diferentes e oito morangos fora do saco. Um carro e uma praia. Alguns cigarros. Um mar da cor do que é escuro. Duas mãos dadas e mornas. Duas bocas juntas que sabem a chocolate e morango e uma respiração que deseja.
Uma casa e duas pessoas. Alcool e um quarto. Algumas peças de roupa vestidas. Depois todas desaparecidas... Postais de distribuição gratuita cobrem uma das paredes do momento em que nos amamos por quem somos e como somos. Tão gratuitos como o que damos um ao outro sem pensar. São quadrados de cores. Alguns reflectem-nos, outros olham-nos e eu pela primeira vez não me envergonho que isso aconteça.
Duas bocas juntas e uma respiração descontrolada e já não sei ao que sabes. Desces montanhas e voltas a subi-las. Correm rios nos teus olhos e neste corpo que tento de alguma forma ignorar para te viver a ti. Só a ti. Quatro mãos dadas e quentes. Traduzi o que gosto de ti com o bater de uma mão minha no teu peito, onde supostamente temos o coração. Olhei-te nos olhos e disse conhecer-te a beleza interior que tens. E não, não és mais nem menos que eu. Obsessões que possas sentir fazem-me gostar mais de ti a cada momento que passa e sim, repito, gosto de ti
(ponto)
O que me fez sentir a noite como uma noite tão diferente, foi ter conseguido sentir-te a ti de forma tão próxima. Tu, uma pessoa tão distante. Tudo o que disseste, o que partilhaste, o que me deixaste saber, o que quiseste saber, o que ambos dissemos achar ser importante no que fazemos ou tentamos fazer. E como isso deve ser bem visto, pelo menos por nós. Genes e micro-organismos. Teses e livros. Coisas que nada me dizem só por não as entender, mas que só por serem ditos por ti, sabem aos chocolates e morangos que nos ofereci pouco tempo antes.
Um animal e flores. Pincéis, sóis e luas. Lutas e uma televisão. Dois corpos que se colam e eu abraço-te. Frio e um edredão. Conversas e amigos. Confusões e sorrisos. Confissões, atracções alheias e eu acho tudo tão saudável. Sono e tu estás lá.
Feliz assim? Talvez aos 10 anos.
Como te gosto. *
Thursday, March 13, 2008
Saturday, March 08, 2008
Monday, February 25, 2008
Tuesday, January 29, 2008
Em vez de tentar esquecer o mundo,
Imagino que o mundo se esquece de mim.
Vivo livre, conceitos de nada.
Não me julgues, não me olhes assim,
Faço o que quero, se me faço feliz
Apenas imagino, corto o mal pela raiz.
Enfiei umas palas no que tinha p'ra fazer
Não vejo nada inacabado, só por acontecer.
Ando nu na rua antes da chuva parar,
Porque foi o teu céu cinzento que me fez pensar
Em fazer o que quero, se me faço feliz,
Apenas imaginar, cortar o mal pela raiz.
Disseram-me que ninguém gosta do que tem.
P'ra quê preocupações quando tudo acaba bem?
Friday, January 18, 2008
Vamos ser grandes, gigantes!
Ver o mundo, lugares distantes!
Vamos ser pais presentes, lutar, ser contentes!
Vamos contar estórias e ser ao passado indiferentes!
Vamos não ter medo de não ser!
Acreditar, querer, poder!
Vamos rasgar corações, cantar, ser-mos voz!
Vamos sentir as marés do que é não estarmos sós!
Vamos levar a vida assim, nem que seja só p'ra nós!
Edifiquemos os nossos sonhos assim,
E amanhã não terei saudades de mim.
Sunday, January 13, 2008
Fado P'ra Quem Há-de Vir
Sei que eu não te conheço
Que nunca, em anos, te escrevi
Mas eu sei que te mereço,
Pois nunca senti apreço
Por alguém que nunca vi.
Sei de cor o teu corpo
Que nunca na vida toquei
Sei que andas com medo
P'la rua mantendo segredo,
Do que ainda não te dei.
Mas aqui vai
E já dito com saudade,
Ah, eu sei que hás-de vir,
Que seja antes de eu partir,
Não me importa a minha idade.
Podem ser segundos antes
E nós seremos mais amantes
Que o Tejo e esta cidade.
Sei que eu não te conheço
Mas que aqui te vou esperar.
P'ra quando morrer no meu leito,
Morrer com os braços a jeito
De p'ra sempre te abraçar...
P'ra quando morrer no meu leito,
Morrer com as mãos no teu peito
E partir sem me queixar!