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Tuesday, September 23, 2008


Dói.
O quê, não sei.
Se soubesse de onde vem já me tinha curado.
Mas é algures entre a zona do peito e do estômago.
É aí que me dói.
É aí que me dóis.

Todos os dias, sais aos poucos de mim,
através de lágrimas que depois insisto em engolir.
Sais e voltas.
Sempre.

Quero tanto conseguir estar contigo sem que me doa o peito.
Sem que a beleza da imperfeição do teu discurso me atire do penhasco.

Daqui a cinquenta anos, se ainda estivermos vivos,
Sei que vou sentir o mesmo.
E vais-me fazer sentir jovem.
Vais-me fazer sentir que naquela altura,
Ainda é possível sentir o que sinto hoje.
Mesmo que já não te conheça.

É uma merda isto que sinto por ti.

És um diamante atrás de grades.
Quero a minha indiferença ao teu valor.
Quero viver com o que a tua alma me ensinou
Viver com o que a tua alma tem para me ensinar
E não necessitar da tua presença e do teu corpo.

Era feliz.

Este excesso de palavras...
Apaguem-mas por favor.

1 comment:

Anonymous said...

é como as refeições que, primeiro, disfrutamos, e depois, repetem-se em nos resistindo-se a ser algo do pasado.
Gostei muito de te ver! ánimo com as digestões ;)