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Monday, May 28, 2007

Changing Screen


Soon they started walking
The cars passing up to 204
And they sat. Old ladys' eyes watching.
Smiley old eyes watching.


Soon they started talking
The wind passing up to 35
And they laugh. Old ladys' ears listening.
Atentive old years listening.


This boy and this girl
So strangely and seemingly close
Oh they looked like lovers
They looked like lovers to those eyes


Then they started taking it serious
Bout their life till their 20's
And they sigh, old ladys' senses awake.
Awaken sweet old lady senses


And I love him and want him, he said
But i'm doing fine.
Really, I am.


And just like lovers, again they sigh

Old ladys' face changed
Paling against the shade of her purse
Changed, not so sweet anymore, old ladys' face.

Thursday, May 24, 2007

DEUS?

No início era o Deus da chuva. Era o Deus do fogo. O Deus dos trovões.
O que era a chuva, o fogo e os trovões?
À medida que se foi descobrindo a razão de ser destes fenómenos, esses deuses desapareceram.
As coisas foram explicadas.
E não será o Deus único que a igreja nos fala, a soma de todas as coisas que ainda hoje não conseguimos explicar?

Toda a gente precisa de se sentir segura.
Todos precisamos de acreditar em alguma coisa para nos sentirmos bem.
E acabamos por depositar fé em coisas incertas.
Depositamos fé em algo que não conseguimos explicar.
Que tal depositarmos a nossa fé em coisas concretas e que precisem do nosso amor?
Pessoas? Objectos? Animais? Causas?
Não seria o mundo melhor?

Será DEUS salvação?

Tuesday, May 01, 2007

CONFUSIONÁRIO

ainda te amo.

"confusionário" poderá ser o que se entender deste texto. mas basicamente será uma confissão de alguém confuso. e é como num reality show. não sei quem a irá ler ou quem está desse lado a julgar o que digo. é algo forte o que vou deixar aqui escrito. Escrevo porque não to consigo dizer. Se por acaso leres isto é porque aqui tropeçaste e acabaste por forçar a minha coragem a sair porque, de alguma forma, estou a dizê-lo.

ainda te amo.

é tão frustrante saber que aquilo que andei à procura depois de estar contigo eras tu.
eras tu, outra vez. a questão é que eu não sabia o que era o amor. pensava que precisava de novas experiencias, de novos corpos, de novas aventuras. e se calhar precisava mesmo. e tive tudo isso, de forma moderada. até perceber que nada é capaz de trocar o que nós tivemos juntos. olho-te agora feliz e invejo-te. eu não sabia o que era o amor e ainda bem que deixei de ser teu para o poder descobrir. amor é uma forma mais intensa e bela da amizade. é quando o que vivemos durante a paixão deixou marcas intensas e recordações profundas que nos deixarão sempre ligados a essa pessoa. sabendo que a amamos e que ela nos ama a nós. e é isso que sinto por ti. portanto eu sei que te amo.

ainda te amo.

hoje abracei-te e senti o meu coração no bolso direito do teu casaco. era o teu casaco e o coração era o meu. por muita confusão que me faça nesta altura, eu estava a entregar-to. depois sorris-te e eu descolei-o de ti. Os corpos que tive, tão diferentes do teu, não passaram disso. Corpos. Carne. Foste a pessoa que sei que mais me amou. E eu sei que sou a pessoa que mais te ama. eu não estava a brincar quando disse que eras a pessoa mais importante da minha vida. eu não estava a brincar quando te disse que te amava. quando te toquei pela primeira vez. quando estreei a maravilhosa sensação de prazer ao teu lado. sabes... nota-se bem quando eu brinco. nota-se. nessas alturas só me falta um nariz de palhaço e as pessoas riem muito. mas nessa altura não. não estava mesmo a brincar.

ainda te amo.

e agora... agora não sei o que fazer. sei que tomei uma decisão tão corajosa como a de acabar contigo há uns tempos atrás. pensei "sou tão novo". pensei "preciso tanto de ter novas experiencias"; "experiencias que o meu corpo pede que nunca consegui ter.". e lá fui eu. tê-las. deixei-te agarrada ao teu coração de anjo. mas é óbvio que foi tão difícil. não foi por acaso que chorei mais que tu. eu na altura não tive essa percepção. mas chorei muito porque no fundo sabia que te amava muito. e que ia continuar a amar. o problema é que ainda não tinha crescido o que (mesmo assim pouco) cresci até hoje. portanto ia deixar algo precioso para começar uma aventura que precisava de ser pisada por mim. e a verdade é que não sentia menos do que sempre senti por ti. por isso é que chorei mais que tu.

ainda te amo.

agora doi-me saber que mesmo que eu queira tu não voltas para mim. porque já o disseste uma vez. não voltas a entrar no meu mundo. e tu és tão linda. tão boa pessoa. não mereces o meu mundo, não mereces os meus desejos mais obscuros, não mereces o que eu te possa fazer passar. por isso não tenho coragem de te voltar a enfrentar. de te fazer perceber tudo pelo que estou a passar. de te fazer perceber como posso voltar a sentir paixão no momento em que me possas tocar outra vez. o que será que me puxa mais a ti nesta altura? o meu cansaço? o facto de me aperceber como a maior parte das pessoas que conheço são desinteressantes? o facto de ficar deprimido ao olhar para as pessoas que passam por mim na rua?

ainda te amo.

tu passas e tens uma aura. tu és especial. é mau só agora me aperceber do quanto eu continuo e sempre continuei a gostar de ti. "quem não vê é como quem não sente." certo? agora vejo. e agora sinto. sinto-te. olho para ti e quero dar-te a mão. nem que seja só isso. durante uma hora. dar-te a mão. olhar para ti sem dizer nada. tenho orgulho em quem és e nunca te deverás sentir insegura. eu se soubesse ser a pessoa mais importante na vida de alguém... não seria inseguro. tu mostraste-me como eu devia olhar para mim mesmo. mostraste-me que ser aquilo que sou pode não ser mau. podem-se encarar as coisas de forma positiva. tu ensinaste-me a viver mais que ninguém. ai, como eu

ainda te amo.

digo-te uma coisa: se algum dia sentires que alguém sente o que eu algum dia fui capaz de sentir por ti, envolve-te. apaixona-te. ama. constrói uma família. casa-te, até, se sentires que o deves fazer. ensina-lhe o que é amar e explica-lhe que não é paixão. explica-lhe que a paixão não dura e que, quando ele sentir que está a desaproximar-se de ti, será provavelmente o momento que mais gostam um do outro. explica-lhe que não terem mais a aprender um do outro é o estágio máximo do amor e não o deixes ir embora. faz tudo o que não percebi.

gostava que me amasses.

disseste-me hoje que não estás arrependida de tudo o que passámos juntos. já mo tinhas dito, sabias? eu também já to disse. não disse é que (apesar de não me arrepender de tudo ter acabo porque isso me mostrou o que realmente era o amor), gostava de te ter nos meus braços outra vez para, outra vez, nunca mais te arrependeres do que pudesse acontecer. mas não dava para dizer. estás tão crescida. tão adulta. tão extraordinariamente tu. e eu sou uma criança. a pedir colo. a pedir apoio para depois não saber o que vai acontecer...

gostava que me amasses.

a distância trouxe-te mais a mim. a distância crescente de mim para mim começa a magoar. a desconcentrar. a confundir. a traír. a fazer pensar. a fazer sentir... preciso de alguém que me agarre, que una os meus pontos que começam a descozer. quero ir visitar-te depois e passar um bom tempo contigo. queria ir visitar-te depois e beijar os teus lábios reluzentes de saudades.
para variar, a ironia acompanha-me. neste momento ouve-se a música "feeling good" aos berros no quarto da minha irmã. hm, é engraçado. bem, a música está distorcida de tão alto. menos mal. mais significativo. sinto-me bem mas distorcido. ou não me sinto bem?! não sei.

ainda me amas?