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Monday, March 26, 2007

mas como (2)

Logo vi que o hino à alegria era curto.

Não me posso queixar do que me tem vindo a acontecer.
Mas o coração... esse não pára de levar tiros.
Se calhar é para ser mesmo assim.
Se calhar é para criar mais do que sei fazer.
Mais música, mais poesia... eu sei lá.
Só sei que não tenho sorte ao amor.

Vou tentar jogar um bocado.



("e tu não ficaste. não sei porquê")

Monday, March 19, 2007

Hino à Alegria

Estou feliz.
Quero escrever que estou feliz.
Mas não consigo escrever felicidade.
Escrevo "mas", escrevo "não".
A verdade é que nunca estive assim.
Estou bem.
Parece que tudo vai para onde me consigo sentir.

Parece até que as pessoas gostam mais de mim,
Quando sou eu que me gosto mais.

Sei que poderá vir até melhor
Sei que posso afastar os meus pés até agora pesados
Da superfície de um chão que nos atrai. Que nos trai.
Temos que deixar que o sonho se entranhe,
Que vá do cabelo aos pés
E que os mande levitar.

Mas rezo
E vou tentando perceber a quem.
Ao quê.
Rezo para que não chegue o que é para mim a perfeição.
Toda a minha vontade de fazer mais
Fazer melhor...
Desaparece. Deixo de ser eu.

Portanto agora estou feliz.
Melhor se cá estivesses tu.
Tu.
Tu que não sei quem és mas que sei que virás.
Dedico-te já a felicidade que descobri ser capaz de sentir.
Gosto-te.

Mas mesmo feliz sei que não deixo de ser eu.
O Gonçalo, a essência que de mim faz quem sou.
Prova disso é o que escrevo agora...

Um hino à alegria, com tonalidade menor.