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Wednesday, January 31, 2007

O que é suposto fazer agora?

Tantos amigos e obrigado por isso
Me dizem "ergue a cabeça, segue em frente.
Leva a vida para a frente"
Mas estarei eu de lado ou de costas
Para onde é suposto levá-la?

Eu sei lá para onde é a "frente"...

Friday, January 19, 2007

MÃE

Foi hoje.
"Pronto filho, não chores
Não te quero ver assim."

Eu adoro-te por tudo.
És enorme em mim.
Quero abraçar-te para sempre.
Quero estar seguro.

"Custa-me porque tu é que sofres.
Gostava que fosse diferente
Mas não é por mim."
É porque me vês a sofrer assim.
"É só por isso, meu amor.
É só por isso."

As poucas lágrimas que tens são a coragem que me dás.


Obrigado.

Thursday, January 18, 2007

...
Não me apetece viver agora.
Apetece-me viver mais tarde.
Mas não dá.
...

Tuesday, January 16, 2007

BAILARINA

Quero apoiar-me no parapeito da janela

Fazer pontas de bailarina e levar a ideia avante.

Desequilibrar um pé que se torce sobre si mesmo

Arrancando a cal do ponto onde peso

E de seguida, por solidariedade, vai o outro também

De suave movimento e de alívio, que grita.


Há ali uma estrela que deve olhar para mim.

Não sei se me vai dar valor enquanto plano

Sobre as imagens que tenho e sobre a pouca parede

Que fará parte das minhas mais recentes memórias.

E eu só queria poder dizer tudo.

Só queria que me compreendesses. Mas não tento.


Eu posso, mas não consigo. Estás tão alto.

É isso um pedestal, onde estás? Que mais ninguém vê

Senão eu? O pedestal onde toda a gente me julga um dia

Mas que eu não vejo? Ah porque é que eu tenho dois corações?

Porque é que te sinto duas vezes

Quando tu não me sentes nenhuma?


Não tento.


É noite, não me estou a sentir bem,

Sinto-me tonto, agoniado, tenho dores de não sei onde.

É porque me deito. É porque é à noite que me lembro

Mais de ti. A culpa é desta posição, horizontal.

É porque os pés estão mais altos que a cabeça.

É porque o sangue dos meus corações se aproxima do cérebro.


Como um rio, como algo que corre indiferente, como se fosse normal.

É quando me deito que me lembro de ti.

Preciso acordar mas não estou a dormir.

Quero que o rio desça e não desagúe em ideias.

Mas a tua imagem é nítida, é colorida e tem sorrisos.

Tantos sorrisos. A tua imagem é linda e é sublime e é clara.

Atraente.


E eu nunca vou estar lá.


Quero apoiar-me no parapeito da janela

Fazer pontas de bailarina e levar a ideia avante.

Tuesday, January 02, 2007

maS como?...



Sim
Quero-te lá
De ontem para cá
Espero beijar-te com os meus dedos
Luz em mim


Sim
Espero-te lá
Quando será?
Quero tocar-te com os meus olhos
Medo e fim

Sabes que sim

Não sei porquê


O que são as asas que vejo nos teus olhos?
senta-te ao meu lado. conta-me estórias.
fala-me de onde vens. diz-me quem tu és.
eu sei que és o que eu quero que tu sejas.
agora.
agora



Não!
Não agarres essa porta
Não leves a vida morta
Que se apoderou de mim


Não!
Dá a volta ao meu mundo
Procura-me lá no fundo
Porque sei que vais gostar de mim assim...


dá-me os teus dedos que falam por mim
dá-me o que tens dentro de ti
somos diferentes. tão iguais.

Sabes-me bem
Não sei porquê

Eu não sei...


Queres aprender-me?
Não há muito tempo...
Afinal foste tu embora.


como é que em meia-hora
me ofereceste dor à alma?
sinto que não te vou ver mais
sinto que vou continuar a sentir
agora.
e depois.


Portanto não vás...
Deixa-me olhar-te mais um bocado.
Não entregues esses teus dedos meus
ao fechar cruel dessa porta.

...


E tu não ficaste.

Não sei porquê.

Eu não sei...