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Tuesday, January 29, 2008

ERVA DANINHA

Em vez de tentar esquecer o mundo,
Imagino que o mundo se esquece de mim.
Vivo livre, conceitos de nada.
Não me julgues, não me olhes assim,
Faço o que quero, se me faço feliz
Apenas imagino, corto o mal pela raiz.

Enfiei umas palas no que tinha p'ra fazer
Não vejo nada inacabado, só por acontecer.
Ando nu na rua antes da chuva parar,
Porque foi o teu céu cinzento que me fez pensar
Em fazer o que quero, se me faço feliz,
Apenas imaginar, cortar o mal pela raiz.

Disseram-me que ninguém gosta do que tem.
P'ra quê preocupações quando tudo acaba bem?

Friday, January 18, 2008

!

Vamos ser grandes, gigantes!
Ver o mundo, lugares distantes!
Vamos ser pais presentes, lutar, ser contentes!
Vamos contar estórias e ser ao passado indiferentes!
Vamos não ter medo de não ser!
Acreditar, querer, poder!
Vamos rasgar corações, cantar, ser-mos voz!
Vamos sentir as marés do que é não estarmos sós!
Vamos levar a vida assim, nem que seja só p'ra nós!


Edifiquemos os nossos sonhos assim,
E amanhã não terei saudades de mim.

Sunday, January 13, 2008

Como frequentador assíduo de uma casa de fados ultimamente e também tendo assim descoberto esta minha nova paixão que é o fado, ontem senti uma certa vontade de escrever uma letra para um fado, talvez musicado por mim um dia, quem sabe... Não só porque gosto do género, mas também porque ao ouvir fado, me apercebi que todas as letras são muito nostálgicas e "velhas", no sentido de experiencia de vida de quem as escreve. Então decidi escrever um fado com perspectivas de futuro, com uma ideia mais jovem das coisas. Um fado para alguém que ainda espera por quem o fará feliz. Ora aqui vai:


Fado P'ra Quem Há-de Vir


Sei que eu não te conheço
Que nunca, em anos, te escrevi
Mas eu sei que te mereço,
Pois nunca senti apreço
Por alguém que nunca vi.

Sei de cor o teu corpo
Que nunca na vida toquei
Sei que andas com medo
P'la rua mantendo segredo,
Do que ainda não te dei.

Mas aqui vai
E já dito com saudade,
Ah, eu sei que hás-de vir,
Que seja antes de eu partir,
Não me importa a minha idade.
Podem ser segundos antes
E nós seremos mais amantes
Que o Tejo e esta cidade.

Sei que eu não te conheço
Mas que aqui te vou esperar.
P'ra quando morrer no meu leito,
Morrer com os braços a jeito
De p'ra sempre te abraçar...
P'ra quando morrer no meu leito,
Morrer com as mãos no teu peito
E partir sem me queixar!