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Monday, October 27, 2008

AR


Parece um alívio e esperemos que o seja.
Espero eu e esperas tu.
Chega em mim como uma trave,
Trave que trava a expectativa e que mata, de uma pancada só,
O resto de ti.

O que mais espero agora é poder dar-te um abraço,
Sentido e de como quem se ri com os braços, que levam o peso de tudo o que aconteceu.
Que finalmente se levantam para libertar tudo e poder receber-te outra vez,
Como alguém que conheço há tanto, mas que é novo para mim.

É boa a sensação de se poder respirar.
De saber que te poderei deixar respirar a ti também.

Inspirar

(ar novo, determinado. Essência nova de alguém. Sorrisos mais honestos e olhares de quem sabe de tudo, e de tudo o que não importa.)

Expirar

(ar limpo de dentro de nós. Partilha de coisas inúteis e de momentos que se poderão aproveitar e desta vez tão melhor.)


Parece então um alívio e esperemos que o seja.
Chegou a mim como censura.
Censura que proibiu a tentativa e que me obrigou a gostar mais de mim.
Que matou, num texto só, o resto maligno de ti.

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