Ontem era noite e chovia.
(Embala-me, chuva)
Não consegui adormecer.
Senti receio. Senti-me estranho.
Alterei a luz ao espaço
Mas não vi nada diferente.
E depois, só depois me apercebi
Que a chuva que ouvia era mais ali.
Sim, era chuva.
Mas no meu quarto. No meu espaço.
Chovia na minha cama.
Chovia em mim...
Explica-me como.
Como houve tanta tempestade em ti
para me teres ao teu lado,
E agora ser em mim que a chuva cai!
Serão simbólicos os dias cinzentos que se mostram
Desde o dia em que te foste?
Assim como as pingas que me gelam a cama?
Leito molhado mas não de ti,
Gelado como quem lhe falta quem se ama?
Moeda estranha esta,
Que parece ter mais que dois lados.
A minha cara, a tua coroa
E um terceiro, inesperado...
Luta na tua batalha que é mais antiga,
Que eu nem sei se a nossa começou.
Pois.
É engraçado como
Nunca te cheguei a perguntar se querias namorar comigo.
...
Mas desta vez, mais alto,
Vou reconstruir o meu terraço.
Depois, bem lá em cima,
Seco a cama, os lençois
E seco-me a mim.
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2 comments:
Que lindo, como sempre!
O amor é uma coisa tão complicada.. e quando nos dói é um sufoco! Mas o que não nos mata torna-nos mais fortes! E quando ainda acreditamos num amor, devemos sempre lutar por ele.. *;)
Força, meu querido!
A chuva não dura sempre.. segue-se o árco-íris, caminho para a calma e luz, e depois os dias quentes que encontramos junto daqueles que amamos, ou dentro de nós! Que sabermos aquecermo-nos a nós é também muito bom!
Agora estou quentinha, o sol está a beijar a minha face!
Acredito que ele também vai beijar a tua não tarda..!
g-t *
Águas passadas não movem moinhos.. E já não escreves há imenso tempo, o que é uma pena. Aproveita esta 'onda natalícia' e inspira-te =P.
@
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