Não quero ter-te nas mãos.
Não quero ideias tuas a fluir entre os meus dedos.
Dedos que levo à cabeça, com os quais tapo a cara
E com os quais me toco em segredo.
Não quero ter-te nos olhos.
Imagens tuas a inundarem um mundo contente
Que espera ansioso que eu o conheça.
E vai morrendo assim a minha gente.
Não quero mais ter-te na voz.
Não quero cantar-te num tom deprimente,
Ler-me nos teus olhos, ausente.
Jaz o tempo, morto, à minha frente.
Não quero noites surreais.
E não as quero reais, sequer.
Não quero noites sem dormir,
E não quero rimar mais.
Não foi aquela a última coisa que te escrevi.
Como deves já ter percebido.
A máscara que naqueles dias coloquei,
Deixou-me confiante. Depois perdido.
Sim, aquele "Ar" era mentido.
E eu, sou assim.
Não queria mais rimar.
Trocar ordem de palavras para deixar de te gostar.
Mas estás e existes como tudo o que eu vejo.
Tudo o que não querendo, eu trocava por um beijo.
Desculpa... mas não te quero conhecer.
Deixas-me perdido.
E eu não consigo viver sem que me faças sentido.
1 comment:
quero a tua trovoada, porra!
(uma admiradora anonima ;) )
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